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Para muitos de nós, essa hábito é quase diário: ligar o rádio, seja no carro, no som em casa ou mesmo pela internet, para ouvir as músicas prediletas e notícias do dia. Mas nem sempre foi assim tão fácil. O rádio era um objeto caro, de posse só das famílias mais ricas e nos primeiros tempos nem se veiculavam propaganda.

A primeira transmissão de rádio no Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1922, no Rio de Janeiro. O presidente Epitácio Pessoa realizou, na ocasião, um pronunciamento em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. Em 1923, a primeira emissora de rádio brasileira nascia: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

A Era de Ouro
Mas ainda demorou para que comerciais pudessem ser veiculados. A programação era toda voltada à arte, educação e cultura. Foi só 10 anos depois da primeira transmissão oficial de rádio que, em 1º de março de 1932, Getúlio Vargas assinou um decreto-lei permitindo propagandas no rádio.

Essa época foi conhecida como a “Era de Ouro do Rádio”, sendo este o principal veículo de comunicação de massa. Foi também nos anos 40 que surgiu “A voz do Brasil”, que inicialmente se chamava “A hora do Brasil”.

Criação das FM
A popularidade do rádio explodiu na década de 1940, com programas feitos para massa. Em 1950 ocorreu o surgimento das emissoras de Frequência Modulada, as FM (como hoje é a 102 Sertaneja!). A primeira rádio FM brasileira foi a “Rádio imprensa”, fundada por Anna Khoury em 1955. As FM tinham som melhor que as AM, mas no início, além de transmitirem notícia, eram muito usadas para tocar músicas instrumentais em ambientes como salas de espera.

Nessa mesma época foi criado o IBOPE para medir a audiência. Um dos programas históricos estreou em 1941, o Repórter Esso, apresentado pelo locutor Heron Rodrigues. A diferença deste noticiário para os outros é que ele não se resumia apenas a ler as notícias do jornal impresso, mas apurava as suas próprias reportagens.

O público jovem só se aproximou da rádio mesmo em 1976, quando algumas rádios começaram a criar programação especial para este público. Desde então, a rádio continua um sucesso no Brasil, mais forte e vida do que nunca, com fãs legais e que não perdem a programação.